A AUTORIDADE PARA PERDOAR PECADOS E CURAR
LUCAS 5.21-26
Jesus Cristo sempre foi uma figura muito controvertida na história. Falam tudo acerca dele. As reportagens atuais sobre ele insistem em dizer que ele foi apenas um obscuro personagem histórico e que os quatro evangelhos oficiais não contam a verdadeira história dele, ou seja, não são confiáveis. Neste sentido, dizem estas reportagens, não podemos confiar nas afirmações acerca de sua divindade. O evangelista Lucas, ao contrário, diz que Jesus é divino. Uma das razões para isso é sua capacidade de perdoar pecados e curar. Isto está demonstrado em Lucas 5.21-26.
Jesus estava ensinando numa casa quando o teto se abriu e alguns amigos desceram um paralítico numa maca bem na frente dele (Lucas 5.17-20). Dentro desta casa, estavam membros de dois grupos religiosos importantes de Israel: os fariseus e os mestres da Lei de Moisés. Quando o paralítico foi colocado em sua frente, a primeira frase de Jesus para ele foi: “homem, os teus pecados estão perdoados” (v. 20). Ao ouvir esta declaração de perdão de pecados por parte de Jesus, imediatamente os fariseus e mestres de Lei ali presentes começaram a pensar assim: “quem é este que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados senão só Deus?” (v. 21). Para eles, como também para nós, somente Deus tem a autoridade de perdoar pecados. Logo, segundo eles, Jesus era um blasfemador, ou seja, alguém que fala mentiras colocando-se no lugar de Deus e desonrando-o. Jesus percebeu que estavam pensando isto acerca dele por causa da frase acerca do perdão que havia dito (v. 22,23).
Jesus então os confronta e pergunta por que eles pensam daquela forma acerca dele. Então, Jesus propõe um problema para eles resolverem: o que é mais fácil: curar um homem paralítico e fazê-lo andar ou perdoar seus pecados? Para os fariseus, um homem só era curado quando seus pecados eram perdoados por Deus. Jesus está dizendo-lhes que, para ele (Jesus) qualquer um dos dois atos (curar ou perdoar pecados) podem ser feitos com facilidade. Ele tem poder para os dois. Neste momento, Jesus oferece um ensino precioso acerca de sua pessoa (v. 24). Chama a si próprio de “Filho do Homem”. Esta expressão nos remete ao Antigo Testamento na qual ela é usada em dois contextos diferentes. O primeiro uso vem do profeta Ezequiel e de alguns salmos, onde a expressão indica simplesmente um homem (Ezequiel 2.1-3; 3.1,4). O segundo uso, bem diferente, encontra-se no profeta Daniel 7.9-14. Neste texto, o Ancião de Dias (Deus Pai) está governando, sentado num trono. Nisto aparece o Filho do Homem. Transcrevo o texto de Daniel 7.13-14: “em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído”.
O Filho do Homem de Daniel é divino! Ele vem do céu, recebe todo o poder de Deus, é adorado por todos e reina eternamente. Um homem comum jamais teria tudo isto. O Deus Filho tem! Ao usar para si este título Filho do Homem, Jesus está dizendo que ele é, ao mesmo tempo, homem e Deus. Tanto isto é verdade que ele diz no v. 24 que o Filho do Homem tem autoridade para perdoar pecados. Se ele é apenas homem, os fariseus estão certos e ele não pode perdoar pecados. Se ele, além de ser homem, é Deus então ele tem autoridade sim para perdoar pecados. E é isso que ele fez com o paralítico. Glória a Deus! Jesus pode perdoar nossos pecados! Jesus, então, dá uma ordem ao paralítico: levanta, pega tua maca e vai para casa. Imediatamente, o milagre ocorreu (v. 25). Ele se levantou de vez, deve ter agradecido muito a Jesus, pegou sua maca e saiu feliz da vida com seus quatro amigos de fé, curado e perdoado. Ele foi glorificando a Deus pelo que Jesus fez a ele. Tudo que Jesus faz tem como objetivo glorificar o nome de Deus na Terra. Quem se vê, nesta vida, abençoado por Jesus, vive glorificando a Deus. Isto acontece com você? Todos, exceto os fariseus e mestres da Lei, ficaram espantados com o que viram e também glorificaram a Deus (v. 26). Todos ficaram cheios de temor em relação a Jesus e disseram: “hoje vimos coisas extraordinárias”. Não foi a criatividade humana que fez isto, há algo de sobrenatural aqui. Temor e glória a Deus é o que Jesus produz em nós quando nos perdoa os pecados e cura nossas doenças. Há um imenso alívio interior quando os pecados são perdoados e um alívio físico quando há cura.
Você já experimentou esta vida de leveza com Jesus? Peça seu perdão e viva bem.