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Lucas 6.39-42 e Lucas 6.37-38 - Estudos.
Lucas 6.39-42 e Lucas 6.37-38 - Estudos.

AO OLHO, O CISCO E A VIGA

Lucas 6.39-42

Quando eu era criança e caia um cisco no olho, lembro-me que minha mãe abria bem a pálpebra do olho e dava um assopro bem forte. Resolvia meu problema. Quanto maior o cisco, maior o desconforto. Penso naqueles que são cegos. Não podem ver mas, hoje em dia, eles têm uma vida quase autônoma. Sabem ler através do alfabeto braile, andam na rua sem precisar de ajuda e muitos trabalham normalmente, dentro de suas limitações. No texto de hoje, Jesus nos dá dois ensinamentos que têm a ver com a visão. Isto em Lucas 6.39-42.

O primeiro ensinamento de Jesus é que você só pode ensinar o que vê e vive (v. 39,40). Os cegos, na época de Jesus, não tinham a autonomia que têm hoje. As pessoas daquela época achavam que a cegueira era fruto de maldição ou pecado. Eles não estavam aptos para o trabalho, dependiam sempre da ajuda dos familiares e amigos para viver e boa parte deles mendigava. Jesus diz que um cego não pode guiar outro cego, senão ambos cairão em algum buraco (v. 49). Para guiar alguém na vida é preciso enxergar para onde se quer ir. É necessário que o guia consiga ver o caminho a ser trilhado. E mais, conhecer o caminho é já tê-lo percorrido, experimentado, vivido. No Reino de Deus, não consigo guiar alguém no caminho da santidade se eu próprio não a vivo. Não consigo orientar meus irmãos na fé se estou vivendo de uma forma errada. Se sou cego com outros cegos, como posso guiá-los? O guia cristão deve saber para onde vai e ter vivido o que ensina.

No Reino de Deus, algumas pessoas tornam-se mestres de outras. Elas tornam-se mestres, não por títulos ou ordenações, mas por terem uma vivência com Deus, experiência e estudo sério da Bíblia. Estas pessoas devem assumir a tarefa de ensinar os discípulos de Jesus. Não devem fugir desta responsabilidade. Cabe aos discípulos aprender com seus mestres. Hoje, um aluno pode ir muito mais longe que seu professor porque há livros, bibliotecas, cursos, internet e outras oportunidades de crescimento. Na época de Jesus não era assim. O discípulo tinha apenas o seu mestre como fonte de conhecimento. É por isso que Jesus disse que o discípulo não seria mais que o mestre e que bastava a ele ser como seu mestre (v. 40). Portanto, quando o discipulado acabava, o bom discípulo chegava ao mesmo nível do mestre e agora começaria um novo ciclo de ensino no qual ele seria o mestre. Aquele que é mestre deve desenvolver este dom na vida e abençoar a vida de muitas pessoas. Quem é discípulo, olhe para o exemplo de seu mestre e procure ter uma vida tão honrada quanto a dele.

O segundo ensinamento de Jesus é que você só ajuda alguém a ver se for sincero (v. 41,42). Jesus pergunta, no v. 41, como pode um homem ver um cisco no olho do outro se, na frente de seus olhos, está uma enorme viga de madeira. Jesus está perguntando então como pode alguém “ver” os pequenos defeitos e faltas do outro e “não ver” o seu grande defeito. O único jeito de fazer isto é sendo hipócrita! E este homem, que está com a viga nos seus olhos, ainda quer tirar o cisco do olho do outro. Veja que disparate! Há pessoas que gostam de dar lição de moral nos outros quando a vida está toda errada. Homens que gostam de proibir a entrada de mulheres na igreja por causa da roupa delas, que eles consideram indecente, mas eles próprios estão adulterando. Outros ensinam seus filhos pequenos a devolver o troco dado a mais mas, no trabalho deles, estão corrompendo pessoas para ganhar milhares de reais. Neste sentido, a lista de maus exemplos é muito longa em nossa sociedade.

Quem age assim continuamente é um hipócrita e tende a “ver” as coisas assim: “o meu erro é sempre um cisco, o erro dos outros é viga!”. Hipócrita é um sujeito de duas caras: uma externa e bonita, de aparência; a outra é interna, aquilo que ele realmente é, e que é muito feia. Jesus nos dá um conselho precioso: se quer ajudar os outros, cuide primeiramente de sua vida (v. 42). Vá tratando seus pecados, seus vícios, seus erros. Quando você estiver neste processo de limpeza pessoal, então ajude seus irmãos que têm pequenos defeitos. Trate-se primeiro e depois ajude os outros. Jesus quer que nos examinemos constantemente e tratemos de nossas patologias espirituais. Quem consegue enxergar criticamente a si próprio, consegue enxergar com benevolência o seu próximo.

 

O QUE FAZEMOS AOS OUTROS, VOLTA-SE PARA NÓS

Lucas 6.37-38

Gostamos de ser juízes da vida dos outros. Isto parece inato em nós. Lembro-me de quando era pastor nas igrejas em que pastoreei e via um determinado adolescente que dava muito problema, dizia para mim mesmo: “quando este adolescente tiver um pouco mais de idade, vai abandonar Jesus e a igreja”. O tal adolescente ficou adulto e tornou-se uma excelente testemunha de Jesus. De outro adolescente, eu pensei: “este vai ser um pastor muito bom no Reino de Deus”. Pouco tempo depois, este mesmo adolescente aprontou, abandonou a igreja e vivia falando mal da época em que participava dela. Vai julgar os outros!!! O que Jesus nos ensina acerca desta atitude humana de julgamento?

Vamos ver em Lucas 6.37-38.

Jesus diz: “não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados.” (v. 37). Primeiro, eu quero dizer que esta palavra não tem nada a ver com o sistema judicial. Segundo, este julgamento não se refere a falar um fato comprovadamente verdadeiro sobre alguém. O que Jesus está proibindo? A atitude humana de formar opinião sobre os outros, baseada em nossas impressões e preconceitos pessoais. O que ele condena é ter um jeito de ficar julgando o tempo todo, todas as pessoas que encontramos, com exceção dos nossos amigos. Geralmente, quem julga, condena, pois temos a tendência de ver melhor os defeitos do que as virtudes dos outros. Por ver mais os defeitos, a pessoa que julga fica com raiva da outra. Por causa disto, Jesus associa o julgar com o condenar. Se nós nos tornarmos pessoas extremamente críticas dos outros, então, além de tornarmo-nos pessoas amargas, seremos julgados da mesma forma pelos outros. O julgamento e a crítica que fazemos aos outros, de alguma forma volta-se contra nós mais tarde. Você conhece alguém que fica o tempo todo criticando os outros? Você gosta de conversar com esta pessoa? O que os outros dizem acerca desta pessoa? O ensino de Jesus é que paremos imediatamente de julgar e condenar os outros, baseados em nossas próprias opiniões.

No texto, o oposto de julgar é perdoar: “perdoem, e serão perdoados” (v. 37). Do mesmo jeito que nos proíbe julgar, agora manda que perdoemos. Ele nos orienta a viver com um jeito perdoador. Independente se a outra pessoa veio ou não pedir perdão, se ela arrependeu-se ou não, em nosso coração devemos perdoar. A manifestação externa do perdão só deve ser dada quando a pessoa que errou, pedir perdão, por palavras ou atitudes. Mas, em nosso coração, o perdão deve ser liberado rapidamente. Quem não perdoa carrega um fardo muito pesado que vai atrapalhar o resto de sua vida. Perdoar é ser livre! Ao sermos pessoas perdoadoras, algo incrível vai acontecer: as pessoas também perdoarão nossos erros. Tudo que fazemos aos outros, quer seja o bem, quer seja o mal, acabará voltando para nós. Você é quem decide o que os outros vão lhe dar.

Junto com o perdão, viva uma vida de doação (v. 38). Doe tudo que você puder doar: alimentos, bens, dinheiro, tempo, palavras amigas, seu ombro, suas mãos, inteligência, influência, etc. Tenha um coração generoso e não tenha medo de doar. Jesus diz que, se você tiver um coração generoso, receberá muito mais do que deu. Ele usa a figura da farinha que é colocada num saco e você bate o saco para caber mais farinha e chega ao ponto de transbordar. Assim receberemos de volta tudo que foi dado. Você receberá muito mais do que deu. Haverá um complô do bem a nosso favor. A doação que fazemos aos outros, volta-se para nos abençoar.

Com a medida que medirem, medirão vocês! Sua vida tem sido de perdão? Ou você costuma guardar mágoas, anos e anos, até que estas mágoas envenenem sua vida? Sua vida tem sido de doação? Há generosidade ou egoísmo em tudo que você faz? Você evita julgar e, pelo contrário, aceita as pessoas como são, sabendo que terão falhas assim como você também as têm? Tudo que você faz, retorna para você.