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O propósito da Sua vinda.
O propósito da Sua vinda.

                                Notemos agora este ponto, com a máxima atenção. É importante ver que, depois da nação judaica ter rejeitado o seu Messias, Deus revelou ao apóstolo o que as Escrituras chamam "o mistério". Este mistério, segundo lemos, esteve oculto desde os tempos eternos (Rm 16:25), esteve oculto em Deus (Ef 3:9). Isto é, havia, acima e além de tudo que é revelado no Velho Testamento, um propósito secreto no coração de Deus de ter uma noiva para o Filho amado, e esta noiva seria formada pela união dos judeus e gentios salvos em um corpo (a Igreja), e unidos pelo Espírito Santo à cabeça no céu (Veja-se Cl1:18; Ef 1:22-23; 3:6 e 5:30,32). O Espírito Santo começou esta obra no dia de Pentecostes, batizando para este corpo uno os próprios discípulos aos quais tinha sido feita aquela promessa a que já nos referimos.

Mas para a boa compreensão do assunto é igualmente importante ver que a rejeição de Cristo pelos judeus deixou ainda por cumprir muitas das mais importantes promessas do Velho Testamento quanto à bênção terrestre da nação de Israel. Por exemplo, leiamos o que diz do reinado do verdadeiro Filho de Jessé em Isaías 11, quando ele tiver ajuntado os desterrados de Israel e congregados os dispersos de Judá desde os quatro confins da terra (v. 12). "Morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos juntos se deitarão e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca de áspide, e o já desmamado meterá a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em nenhuma parte em todo o monte da Minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar". (v. 6-9).

Leiamos também Isaías 65:25, 31:5; Amós 9: 12-15; Miquéias 4:3; Habacuque 2: 14, onde se diz que "o deserto se alegrará, e florescerá como a rosa" etc., e que se "converterão as suas espadas em enxadas. e as suas lanças em foices... nem aprenderão mais a guerra".

E também quanto à restauração da nação à sua própria terra, leiam-se os textos, tais como Isaías 35: 10; Jeremias 23:5 e Ezequiel 34:24; 31: 10.

Por uma cuidadosa leitura desses textos e de outros, veremos que estas bênçãos prometidas não são o resultado da conversão do mundo, por meio da pregação do Evangelho; mas, pelo contrário, que elas serão precedidas e introduzidas pelos mais terríveis julgamentos sobre os maus.

Queremos agora acentuar aqui que há dois grandes assuntos que formam o tema de testemunho profético no Velho Testamento, e estes são os sofrimentos de Cristo e o reinado de Cristo; ou, conforme diz Pedro: "Os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir" ( 1 Pe 1:11).

Ora, os judeus dos tempos antigos esbarraram num dos lados deste testemunho, enquanto que aceitaram plenamente o outro. Não tinham dificuldade alguma em crer no que os profetas tinham dito a respeito de um Messias que havia de reinar, mas tinham problemas em considerar que ele haveria de sofrer. Por outro lado, enquanto que todo o verdadeiro cristão aceita inteiramente o testemunho profético de que o Messias havia de sofrer, quantos não rejeitam ou procuram dar um sentido puramente espiritual à verdade do Seu próximo reinado!

Mas, lembremo-nos de que nem um jota, nem um só til destas Escrituras, deixará de ser cumprido.

Quando o Senhor voltou ao céu, ele legou duas categorias de promessas a serem cumpridas - as que dizem respeito à Igreja, e as que se referem a Israel, cada uma delas particularmente distinta da outra. Quando estas se cumprirem, Ele irá Se apresentar como fez outrora Isaque, na ocasião em que, segundo Gênesis 24, saiu ao encontro de Rebeca, não como um reto juiz, ou um rei guerreiro, mas com a tema dedicação de um noivo afetuoso. Enquanto que, ao cumprir estas, há de Se apresentar como Davi, o poderoso conquistador; virá para assumir uma posição de grande poder e reinar. Por outras palavras, Ele é o Noivo da Igreja; Ele é o Rei de Israel.

Há, portanto, duas fases distintas da segunda vinda do Senhor, mencionadas na palavra de Deus - duas etapas, por assim dizer, na mesma jornada. Primeiro Ele descerá aos ares para arrebatar os Seus santos para o céu; depois, em seguida a um curto período, há de voltar para reinar, e então os Seus santos celestes desfrutarão com Ele as glórias do Seu reinado.

Exemplifiquemos esta parte do nosso assunto. Suponhamos que, ao caminharmos pela estrada numa manhã, notamos uma pequena poça de água. Afastando­-nos dela, seguimos o nosso caminho e nem mais pensamos nisso. Alguns dias depois acontece passarmos lá outra vez; mas os vestígios de água que ali vimos na primeira vez desapareceram. O que aconteceu com todas aquelas gotas de água? Foi o sol brilhante que, pelo seu poder, as evaporou e atraiu para si. Ninguém as viu partir, mas elas certamente partiram.

Algumas semanas mais tarde pode-se ver as mesmas gotas de água. Mas quão mudadas desde a última vez que as vimos e nos afastamos delas, na poça lamacenta! Agora são lindas, brancos flocos de neve, e são a admiração de todos!

Assim também acontecerá em breve, caro leitor. O próprio Senhor descerá do céu, e no "abrir e fechar de um olho" ressuscitará do pó os corpos de todos os Seus santos adormecidos, e transformará os corpos dos vivos, arrebatando-os todos juntos para irem ao Seu encontro nos ares.

As Escrituras não nos dão nenhum motivo para supor que os incrédulos verão este acontecimento. Provavelmente a solene descoberta da falta de cada um deles em seu lugar costumeiro será o primeiro anúncio público do que se passou. Enoque "não foi achado, porque Deus o transladara" (Hb 11 :5). Ora, tendo sido, com mais ou menos segredo, arrebatado para a glória, a igreja aparecerá em seguida na mais completa publicidade com Ele, quando, como está escrito, "todo o olho O verá" (Ap 1:7).

Mas o próprio bendito Senhor apresenta em um capítulo, em Mateus 25, a mais clara descrição destas duas fases da Sua vinda. A primeira etapa da vinda é apresentada na parábola das "dez virgens", a outra na parábola dos "bodes e ovelhas". Na primeira vêem-se as virgens prudentes entrando com o esposo para as bodas; na outra vê-se o rei saindo para julgar. Notemos bem este notável contraste.

Na primeira parábola os salvos são levados para o céu, e os incrédulos são deixados na terra para o julgamento que há de vir. Na outra, são os maus que são levados para julgamento, enquanto que os justos são deixados na terra para partilharem as bênçãos do reino do Messias.

Num dos casos os santos entram, e as portas se fecham; no outro, o céu se abre, e os santos saem, juntamente com o Filho do Homem.

Ora, no Apocalipse, capítulos 4, 5 e 19, lemos o que realmente tem lugar no céu depois de a Igreja ter sido arrebatada e ter entrado ali. No capítulo 4, versículo 4, os santos como anciãos estão sentados sobre os tronos, vestidos de branco, com coroas de ouro sobre as suas cabeças; e nos versículos 10 e 11 são vistos adorando, prostrados diante d'Aquele que estava sentado sobre o trono, lançando as suas coroas aos Seus pés e dizendo: "Digno és, Senhor" (Veja também o capo 5:9). Então, no capítulo 19: 7, após um poderoso coro de "Aleluias", lemos "Regozijemo-nos e alegremo-nos e demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou". Em seguida vem "a ceia das bodas" (versículo 9). Vimos, pois, que Mateus 25 nos apresenta o grito aflitivo das "loucas" do lado de fora, e no Apocalipse vemos a alegria festiva dos salvos do lado de dentro. Querido leitor, com qual destas companhias acharás o teu lugar?

Seguindo adiante, em Apocalipse 19: 11-16 vemos o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, acompanhado pelos Seus exércitos saindo dos céus para julgar e pelejar.

Mas vejamos novamente o que se lê em Mateus 25. Há uma idéia comum - mas totalmente errônea - a respeito da última parte deste capítulo. Considera-se que esta parte é uma figura do julgamento geral, como é chamado. E desta aceitação resultam perguntas como "Não estaremos todos perante Ele para sermos julgados, não receberemos o nosso lugar entre as ovelhas à Sua mão direita, ou entre os bodes à Sua esquerda? A isso pronto podemos responder: Não. O que temos aqui é o julgamento daquelas nações presentes na terra na ocasião em que o verdadeiro Rei vier para reinar.

Ora, de Israel está escrito que "Entre as gentes não será contado" (Nm 23:9), quanto menos o devem ser os santos que compõem a Igreja (Veja-se Cl3:11; At 15:14)!

Alguém poderia perguntar: - Se nem Israel nem a Igreja fazem parte das nações aqui julgadas, qual é a parte que lhes toca nesta cena solene?

Eis aqui a resposta:

1 - A parte dos santos desta dispensacão da graça:

"Quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis, com Ele em glória" (Cl3:4).

"Eis que é vindo o Senhor, com milhares de Seus santos, para fazer juízo" (Jd 14,15).

"Virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo e o Senhor será o rei sobre toda a terra" (Zc 14:5,9; veja-se também Ap 3:21).

Haveria alguma indicação mais clara quanto ao lugar onde os co-herdeiros hão de estar quando Aquele, que tem sido constituído o Herdeiro de todas as coisas, tomar a herança?

2 - A parte de Israel:

Lembremo-nos em primeiro lugar de que esta nação é da "semente de Abraão", segundo a carne. Notemos também que, conforme Mateus 1:1, Jesus Cristo é o filho de Davi, o filho de Abraão. Assim, pois, enquanto que como Filho de Davi Ele é o Rei deles, como Filho de Abraão Ele pode falar deles como Seus irmãos; e, em cumprimento da profecia do filho de Abraão (lsaque), Ele abençoa todos os que favoreceram os filhos de Jacó e amaldiçoa todos os que o não fizeram. "Malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem" (Compare-se Gênesis 27:29 com Mateus 25:34,41).

Vemos, pois, que além dos santos celestiais que, segundo outras Escrituras, hão de aparecer com Ele em glória, o Senhor menciona aqui, ao fim de Mateus 25, três companhias distintas, a saber: ovelhas, bodes e irmãos. Já temos visto que os irmãos de que se fala aqui são os da Sua própria nação, segundo a carne. Agora surge a pergunta: Quem são então as ovelhas e os bodes?

Ora, bem, outros textos nos mostram que depois da Igreja ter sido arrebatada para a glória, há de haver um especial testemunho, apresentado por missionários judaicos, "em testemunho a todas as gentes", ao qual o próprio Senhor chama, em Mateus de o "evangelho do reino" e cuja nota dominante será, sem dúvida, a vinda iminente do verdadeiro Rei. Algumas destas nações receberão o testemunho e portanto farão tudo que puderem para beneficiar aqueles que o apresentem, enquanto que outros, pelo contrário, não só rejeitarão a mensagem, mas também negarão toda a simpatia e socorro aos mensageiros desprezados e mal tratados.

Notemos aqui com cuidado que é somente neste terreno, isto é, quanto ao modo pelo que elas têm tratado os Seus irmãos, que as nações serão separadas pelo Rei quando Ele aparecer em glória, e por fim abençoadas por Ele. As "ovelhas" representam uma classe; os "bodes", a outra.

A primeira será recompensada sendo-lhe permitido participar das bênçãos do reinado milenar do Messias sobre a terra, enquanto que a outra será destruída pelo julgamento. Não há nada nesta parábola sobre a ressurreição dos mortos ou o fim do mundo, nem mesmo no Apocalipse 19, que fala da mesma cena. A ressurreição dos salvos já terá ocorrido antes, como vimos em 1 Tessalonicenses 14: 16 e 1 Coríntios 15:51; enquanto que a ressurreição dos ímpios que jazem na morte só terá lugar depois dos mil anos do reinado do Messias.

No Apocalipse 20:4-6, depois de falar de várias classes de salvos que hão de 'viver e reinar com Cristo durante mil anos', lemos: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre este não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele mil anos" .

Não é porventura, claro, que haverá duas ressurreições? A primeira inclui todos os que reinarão com Ele durante mil anos, e que, portanto, deve necessariamente ter lugar antes dos mil anos. Os demais mortos não serão ressuscitados até que os mil anos se acabem, quando o céu e a terra fugirão, e os mortos, pequenos e grandes, terão que se apresentar para julgamento perante o grande trono branco, sendo em seguida lançados para sempre no lago de fogo. Após narrar esses fatos, João, o escritor do Apocalipse, acrescenta: "Vi um novo céu e uma nova terra... e já não havia mar". Bendito seja Deus por nos revelar tão maravilhosas realidades e por nos dar também o meio para compreendê-las pelo Seu Espírito. "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!" (Rm 11:33).